
Para além da polêmica em meio ao Oscar de 2025, o filme tem um enredo por si só complexo. A advogada, Rita (Zoe Saldanha), trabalha em um escritório de advocacia mais interessado em lavar dinheiro do que em servir a lei. Para sobreviver, ela ajuda um chefe do cartel (Karla Sofia Gascón) a sair do negócio para que ela possa finalmente se tornar a mulher que sempre sonhou ser.
Nas primeiras cenas com o chefe, já nos damos conta de algumas complicações porque não há qualquer explicação do porquê ele quer a transição. Ainda assim, há todo um esquema armado para que ele consiga realizar a mudança. Muito dinheiro envolvido. Um corpo morto é identificado como Manitas, como é conhecido. A família segue para a Suíça e acredita mesmo na morte do principal nome do tráfico de drogas do México.
O ponto central do filme é a transexualidade do personagem Manitas que não se identifica com o gênero que lhe foi designado e faz cirurgia de redesignação reaparecendo como Emilia Pérez. A atuação da atriz Karla Sofia Gáscon que também é trans é bastante forte em Emilia, mas obscura como Manitas. Obviamente um truque cinematográfico que explicita as diferenças entre as personagens para que Emilia possa surgir exuberante e maravilhosa. Um musical, mas mesmo um musical que traz irreverências.
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