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  • Foto do escritorRoseli

Bambino a Roma


Lançado em agosto de 2024 pela Companhia das Letras, Bambino a Roma, de Chico Buarque, trata de reminiscências da infância da década de 50 quando o autor viveu em Roma com a família. Entre retratos da memória infantil, observamos fatos históricos que marcaram época.

Sem dúvida, autobiográfica, a obra aponta o uso da primeira pessoa e emite considerações do hoje adulto Chico. Caso de comentários sobre o papel do tradutor que faz um trabalho mal pago, do fascínio que o futebol exerce sobre as pessoas. Buarque deixa clara a ideia de que a memória e os acontecimentos reais se revezariam com o que poderia ter acontecido (2024, p84). Significa que ainda que seja autobiográfico o livro contempla pitadas de ficção. O autor não se furta também a comentários sobre eventos políticos ou sociais como é o caso da morte de Getúlio Vargas em 1954. Assim a nostalgia do tempo em que também em Roma o autor ficou exilado durante o período da Ditadura.

Pontuado pela linguagem simples e algumas vezes poética, a obra revela algumas das dores sofridas por Chico. Dores que provavelmente à época ele desconhecia como o abuso sofrido por um professor. A obra vem recheada de algumas fotos da família em Roma, de receitas e de carta da antiga professora.

Como diria Freud, na obra de Buarque, a infância nada tem de romântica, mas sem dúvida contém as marcas de quem seria Chico Buarque.

Acompanhe a live pelo Youtube do Instituto Legus. https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

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