A escavação é um romance (2007) de John Preston baseado em fatos reais acontecidos com a tia do escritor, Edith Pretty. O filme (2021) homônimo dirigido por Simon Stone está disponível na Netflix. Ralph Fiennes e Carey Mulligan fazem, respectivamente, os papeis de o estivador e de Edith. Na década de 30, essa escavação revelou um grande achado, um feito memorável. O que encontraram foi um navio funerário da época em que os anglo-saxões estavam na Grã Bretanha. O tesouro foi doado ao Museu Britânico.
O interessante ao espectador familiarizado com os processos psicanalíticos é pensar nas camadas que se revelam durante análises, são as interpretações que surgem ao longo do período. São de fato metáforas de escavações, retiradas de materiais recalcados, esquecidos em um terreno. Um escavador é cuidadoso, analisa parte a parte o material retirado. Monta o quebra-cabeça. Qualquer desatenção é fatal e destruidora do precioso artefato muito bem guardado pelo tempo. Depois tudo pode ser passado, levado a museus. Ou não. E os fantasmas podem nos perseguir vida afora.
Opmerkingen