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Blogue da Roseli

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Foto do escritor: RoseliRoseli

Segundo Joel Birman, a arte mais próxima da psicanálise é o teatro. Em ambos há uma cena que se descortina, papéis que encenam, catarse que perpassa o espectador, as metáforas, a linguagem. Essa relação se dá entre analista e analisando.

É fato que textos milenares como Édipo Rei, de Sófocles, trabalhem as cenas que se põem em ato para escutarmos o escondido, o assombroso. É muito diferente ler um texto teatral e vê-lo encenado. A transformação incorpora literalmente a cena lida por meio dos atores, do cenário, da sonoplastia. Ler Shakespeare e ver Hamlet é muito distinto. Mais ainda, cada encenador, cada grupo teatral, faz leituras diversas. Cada sessão é única, não há como reproduzi-la. O que se chama ‘caco’ no teatro são as erupções do inconsciente que sobem ao palco sem que atores de fato saibam de onde elas surgiram. Não estavam no texto.

Há inúmeros espectadores que assistem à mesma peça muitas vezes, o resultado é diverso a cada apresentação por mais que marcadores de fala e de lugares sejam exatamente iguais. É como se o texto apenas tomasse forma pela boca e gestos dos atores. O teatro pode exemplificar sentimentos em uma relação psicanalítica: ciúmes, traições, destino, cegueira...tantos e imensos.

Seriam os psicanalistas atores que se colocam em papéis encenados com seus analisandos? Pais, mães, algozes?

Aproveitamos essa relação para apresentar alguns espetáculos teatrais para além das tragédias gregas tão bem conhecidas por alçarem papéis edipianos. Acompanhem-nos para apreciar alguns autores e encenações excepcionais do teatro que calam fundo para a psicanálise. Acompanhe a Live no Youtube do Instituto Legus

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

Atualizado: 5 de ago. de 2023


O dia 30 de julho costuma ser a data internacional em que se comemora a amizade. Dia 20 de julho também costuma ser usado como o Dia do Amigo. Assim, o mês de julho, mês das férias no Brasil, parece mesmo ser o tempo em que conhecemos e cultivamos amigos. E, em se tratando de amizade, a literatura nos brinda com uma linda obra do autor Carpinejar.

Em edição com capa nova, Amizade é também amor (4ª. edição de 2023 da editora Bertrand Brasil) reflete sobre a importância do companheirismo e do amor na amizade. Conhecido por suas instigantes e poéticas teorias sobre relacionamentos, Carpinejar escreve em Amizade é também amor sobre o sentimento mais puro que existe: a amizade. Em crônicas curtas, o autor envolve o leitor em reflexões sobre o companheirismo que existe dentro do relacionamento entre amigos, casais e familiares. O amor manifestado nas mais diversas formas. Carpinejar oferece o livro como homenagem a todos os afetos que ficam em nossas vidas. O autor aflora sua sensibilidade e visão de mundo colocando nas entrelinhas as próprias experiências da infância, e do seu cotidiano adulto, criando uma conexão autor-leitor a cada página. É impossível não se reconhecer em pelo menos uma das centenas de crônicas da obra. São 122 textos ao longo de mais de 200 páginas que combinam reflexões de companheirismo e humor do cotidiano com lembranças da infância e conselhos sobre convivência. Veja a live pelo instagram do Instituto Legus

 
 

Organizada por Fabiana B. Carelli, Lígia Menna, Paulo César Ribeiro Filho e Susana Ventura, a obra foi publicada pela Editora Todas as Musas em conjunto com a FFLCH USP em 2023.

Antes de mais nada, o livro é uma homenagem à professora Maria Zilda da Cunha, da FFLCH USP, feita por vários de seus orientandos e antigos orientandos. O orgulho desse trabalho fica claro na abertura da obra feita pela professora Lígia Menna que aponta o feitiço de encantamento provocado por Maria Zilda.

Entre depoimentos emocionados, relatos poéticos e fotográficos, a obra vai apresentando a professora, a teórica, a amiga, a fada que Maria Zilda representa como ‘Em busca dos vagalumes’, de Natália Xavier, com desenhos de Bruno Romão.

Nem tudo são textos pessoais, no entanto, como se vê. Alguns estão em forma de artigos que com certeza foram de um ou de outro modo inspirados por Maria Zilda.

De fato, a obra acaba se transformando em uma viagem, um biografema, uma homenagem, um carinho de outrora estudantes com os agora também marinheiros de um mesmo barco: a literatura infantil e juvenil. Veja a live pelo instagram do Instituto Legus

 
 
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