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Keyboard and Mouse

Blogue da Roseli

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Foto do escritor: RoseliRoseli

Na peça, São Paulo ganha vida por meio dos textos e músicas utilizados em 90 minutos de apresentação. O projeto foi instigado pelo livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo, com roteiro de Regina Braga (2023). “Queria fazer algo sobre a história da cidade não apenas na ordem cronológica, mas no jeito de se sentir paulista”, diz Regina.

Esse dado faz da peça uma história pessoal, um retorno de memória pela cidade que incorpora relatos da vida da atriz ,como a vinda dela para a Capital. Trata-se de um monólogo intermediado pelas músicas que fizeram a narrativa histórica de São Paulo, mas evidentemente são músicas também da memória da atriz. Isso acontece também com o roteiro feito por Regina Braga: a história de São Paulo pelos olhos e registros da atriz. Sua memória, suas impressões, tudo isso ela divide com o público que se reconhece nessas narrativas. Acompanhe a Live no Youtube do Instituto Legus

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

Alma Despejada conta a história de Teresa, mulher de mais de 70 anos que, depois de morta, faz a última visita à casa em que morava. A casa foi vendida e sua alma foi despejada. Teresa era professora, de classe média, e apaixonada por palavras. Teve dois filhos com Roberto, seu marido, homem simples e trabalhador que se tornou um empresário bem-sucedido.

Em sua derradeira visita, Teresa faz uma limpeza nas suas memórias para levar consigo só o essencial. Com bom humor e poesia, a personagem transita entre o passado e o presente e, ao rever suas relações e trajetória de vida, faz um retrato da sociedade e de fatos da história do Brasil.

Estreada por Irene Ravache (2023), uma das maiores atrizes brasileiras, a peça ganha relevo de interpretação tanto que recebeu o prêmio Bibi Ferreira de melhor texto e de melhor atriz. Em 2020, o texto foi impresso em livro, pela editora Giostri.

A questão da morte revela uma outra: o fato de nos apegarmos a coisas que serão descartadas tão logo partirmos. A morta faz uma análise de sua vida com familiares e tece críticas às relações nesse sentido. Acompanhe a Live no Youtube do Instituto Legus

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

Le Père é uma peça do dramaturgo francês Florian Zeller que ganhou em 2014 o Prêmio Molière de Melhor Peça. Estreou em setembro de 2012 no Théâtre Hébertot, Paris, com Robert Hirsch e Isabelle Gélinas. No Brasil (2023), a peça, uma comédia dramática acompanha a relação entre uma filha e um pai idoso que começa a perder a memória, o pai é protagonizado por Fulvio Stefanini (vencedor em 2017 do prêmio Shell de melhor ator pelo papel).

Bastante perspicaz, o texto leva a plateia a vivenciar também aquilo em que o protagonista acredita; em algumas situações desse jogo da memória, chega a ser difícil dizer o que é realidade e o que é imaginação.

Em 2021, a peça recebeu adaptação para o cinema como Meu pai, em que o personagem é interpretado pelo ator Anthony Hopkins. Em ambas, adaptação e a peça, uma questão contemporânea se coloca: o esquecimento, o Alzheimer, que atinge muita gente uma vez que a população, no Brasil inclusive, envelhece a olhos nus. Outros pontos surgem do espetáculo: o patriarcado, o filho preferido, uma volta ao passado, a rabugice, entre outras.

Um papel desses cria asas se interpretado por grandes atores, caso do filme e da peça. A magnitude da pobreza da alma humana explode e o espectador firma a catarse porque se vê ali como em um espelho ainda que seja jovem. O futuro pode ser sombrio. Acompanhe a Live no Youtube do Instituto Legus

 
 
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