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Blogue da Roseli

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Foto do escritor: RoseliRoseli

A obra de bell hooks, Tudo sobre o amor-novas perspectivas, foi publicada pela Editora Elefante em 2021. Como propõe o título, a autora americana, que já escreveu muitas obras sobre questões de raça, gênero e classe, educação, crítica cultural, poesia, livros infantis, traça de fato perspectivas sobre um tema que já gerou inúmeras leituras. O prefácio desse livro escrito pela doutora em história social pela PUCSP, Silvane Silva, mostra uma leitura profunda sobre o trabalho de bell hooks em cada capítulo em que é traçado o amor. Das questões espirituais às abordadas pelo romance. Trata-se de um panorama amplo em que o tema do amor é atravessado com delicadeza e, muitas vezes, dureza pela autora. Assim é viver o amor a partir de uma ética amorosa (um dos capítulos da obra) que propõe liberdade e o bem-viver. A autora aponta que o amor é aquele que se vive em comunidades como a família e que é muito comum que tenhamos a sensação de desamor no seio familiar. Esse desafeto pode levar-nos a buscar o amor em outras e diversas comunidades constituídas – ou não – pela família. É interessante o fato de bell hooks citar vários casos de pessoas que se sentiram amadas não exatamente por pais e irmãos, mas por alguém do núcleo familiar: um avô, um tio. Significa que, muitas vezes, mesmo em famílias destroçadas, alguém exerce em nós esse papel agregador. Esse papel pode vir, inclusive, da amplitude do núcleo da casa, envolve a escola, a igreja, qualquer outro lugar em que uma criança ou um jovem se sinta amado. E, evidente, o capítulo em que hooks escreve sobre o romance recebe o nome de ‘romance: o doce amor’. Aquele momento em que amar ‘é mais forte do que a morte’. E, enfim, o capítulo que fecha o livro fala do amor de redenção, o amor que cura. Muito amor envolvido.

Acompanhe a live no YouTube do Instituto Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

 

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

A minissérie está disponível pela Netflix que é a emissora oficial da obra. São 7 episódios baseados em Baby Reindeer, de Richard Gadd, de 2024. Não é surpresa verificar que se trata de uma obra que tem como fundo a vida de Gadd, o autor do livro e também personagem-intérprete da minissérie. Entre o que é real, o fato, e a minissérie há sempre a ficção literária e cinematográfica. O ator, sim, é Richard Gadd. Os demais atores, no entanto, são simplesmente atores. E a trama, ainda que baseada em fatos reais, desloca situações e imagens dos personagens. Em suma, alguns nomes são fictícios ainda que sejam reais as situações vividas com eles por Gadd. De qualquer forma, há uma perseguição da vida real que surge nas telas e que convoca o espectador a temer ser alvo desse tipo de comportamento invasivo. E-mails e redes sociais estão sempre apontando pressões recebidas. Recomendo o vídeo de Dunker a respeito dessa minissérie: https://www.youtube.com/watch?v=mB3BlMhytAU&t=1738s, o psicanalista faz uma vigorosa análise dessa obra pelo ponto de vista da psicanálise. Vale conferir.

Acompanhe a live no YouTube do Instituto Legus - https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS/videos

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli


O Cirandar busca ser referência na promoção da leitura, literatura, educação, arte e culturas, para crianças, adolescentes, jovens e suas famílias, por meio da consolidação de projetos para a promoção do saber e da educação integral. Desenvolve projetos que propõem apoiar, incentivar e criar redes de ações comunitárias e práticas sustentáveis, fomentando alianças para o aprimoramento das práticas sociais, possibilitando a vivência cidadã em sua plenitude, contribuindo para a concretização de políticas públicas.

Exatamente nesse sentido o Cirandar criou em 2024 um projeto para ser realizado em prol do Rio Grande do Sul. Como funciona, funcionou? Há um convite para que qualquer pessoa leia um trecho de uma obra em tempo máximo de 2 minutos. Essa gravação é enviada para muita gente que fará circular as leituras na biblioteca Cirandar. Esse material estará à disposição das pessoas que estão em abrigos comunitários em virtude das enchentes ocorridas no Estado. Posteriormente esses áudios estarão disponíveis no site da Cirandar.

As bibliotecas estão situadas em periferias do município de Porto Alegre, regiões afetadas por dificuldades em infraestrutura e migrações forçadas, mas também comunidades com amplos saberes culturais e populares, as bibliotecas comunitárias são exemplos de espaços acolhedores em que se desenvolvem experiências de leitura compartilhada nas quais mediador e leitor constituem fortes vínculos; e a leitura é potencial na construção da identidade desses indivíduos. Além de mediações de leitura, os espaços também propiciam o convívio entre crianças e jovens da comunidade e são sede para encontros com escritores, oficinas, saraus, rodas de conversa, música e outras atividades que buscam valorizar a cultura popular local. Além desses dois espaços, o Cirandar gerencia uma terceira biblioteca junto à sede da organização, no Centro Histórico de Porto Alegre.

Conheça a organização e participe: https://cirandar.org.br/nossosmarcos/

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