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Blogue da Roseli

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Foto do escritor: RoseliRoseli

O filme é de 2024 e tem direção de Luca Guadagnino. Está disponível em canais abertos na rede.

No enredo, William Lee, um americano que vive na Cidade do México, passa a maior parte dos dias completamente só, com exceção de alguns contatos com outros membros da comunidade. Seu encontro com Eugene Allerton, um ex-soldado expatriado, faz com que ele acredite que é possível ter uma conexão íntima.

Essa intimidade revela que Lee, interpretado muito bem pelo ator Daniel Craig, sempre lembrado por sua atuação em James Bond, busca o amor e um companheiro. Difícil relação que acaba envolvendo um jovem um tanto cínico, Eugene.

Para além do título, a obra encarna o cinema Queer que consiste em produções audiovisuais que representem a comunidade LGBTQI +. No caso, Queer é o termo que diz respeito a quem não se identifica e não se rotula em nenhum gênero, faz referência àqueles que não correspondem à heterocisnormatividade. A palavra queer tem origem inglesa. A tradução literal seria estranho.

O filme é baseado no romance de 1985, do escritor Williams S. Burroughs, o ambiente da película é o México dos anos 40. Em 1950, William Lee é um expatriado americano que vive na Cidade do México, passando o tempo pulando de bar em bar e se entregando a atividades sexuais com homens mais jovens. Uma noite, ele avista Eugene Allerton, um jovem soldado que também é um expatriado americano. Lee fica obcecado por Allerton, perseguindo-o por vários bares, na esperança de ganhar sua afeição. Envolto no desapego do jovem, Lee envolve-se cada vez mais com drogas o que o leva à selva equatoriana em busca do chá de yagé, uma planta que supostamente daria a quem bebesse de seu chá poderes telepáticos. Mas Lee acaba sozinho em um quarto de hotel sem ter mais notícias de Eugene.

Um grande filme e com brilhante atuação de Daniel Craig.

Acompanhe a live pelo YouTube do Instituto Legus https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

O livro A amendoeira é de 2024, da autora Michelle Cohen Corasanti, escritora e mestre em estudos do Oriente Médio pela Universidade de Harvard. A obra foi publicada pela Editora Record do Rio de Janeiro, no Brasil.

Em síntese, a obra é ambientada na Palestina, e conta a jornada inspiradora de um jovem árabe que vive com a família em território ocupado por Israel. O protagonista é o jovem Ahmed que mora com a família em território marcado e sofre perdas dramáticas com tensões diárias feitas por soldados israelenses. Literalmente é uma jornada de herói que ele percorre. O conflito Israel – Palestina permeia toda a narrativa, mas conta com a solicitude da narradora que convoca olhares a experiências e convivências entre palestinos e israelenses.

De certa forma, o jovem vence todas as vicissitudes. Isso dá à obra um aspecto por demais positivo o que leva a crer que tudo é possível, sabemos que a dura realidade desses acampamentos revela atrocidades maiores e que poucos conseguem superar essa vida difícil. O jovem Ahmed conta, evidentemente, com a inteligência e com a persistência em continuar estudando, em conhecer pessoas, mestres, que lhe abriram caminhos. O inverso acontece ao seu irmão por conta da pouca escolaridade e da filiação a grupos associados ao terrorismo.

Assim como é difícil acreditar que Ahmed tenha conseguido, também é improvável que seu irmão tivesse se tornado um terrorista.

Recentemente aqui no canal comentei o livro O túnel, de A.B. Yehoshua em que a obra trafega em ambiente parecido com as tentativas de aproximar palestinos e israelitas para a paz. Acompanhe a live pelo YouTube do Instituto Legus https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 

 
 
Foto do escritor: RoseliRoseli

Para além da polêmica em meio ao Oscar de 2025, o filme tem um enredo por si só complexo. A advogada, Rita (Zoe Saldanha), trabalha em um escritório de advocacia mais interessado em lavar dinheiro do que em servir a lei. Para sobreviver, ela ajuda um chefe do cartel (Karla Sofia Gascón) a sair do negócio para que ela possa finalmente se tornar a mulher que sempre sonhou ser.

Nas primeiras cenas com o chefe, já nos damos conta de algumas complicações porque não há qualquer explicação do porquê ele quer a transição. Ainda assim, há todo um esquema armado para que ele consiga realizar a mudança. Muito dinheiro envolvido. Um corpo morto é identificado como Manitas, como é conhecido. A família segue para a Suíça e acredita mesmo na morte do principal nome do tráfico de drogas do México.

O ponto central do filme é a transexualidade do personagem Manitas que não se identifica com o gênero que lhe foi designado e faz cirurgia de redesignação reaparecendo como Emilia Pérez. A atuação da atriz Karla Sofia Gáscon que também é trans é bastante forte em Emilia, mas obscura como Manitas. Obviamente um truque cinematográfico que explicita as diferenças entre as personagens para que Emilia possa surgir exuberante e maravilhosa. Um musical, mas mesmo um musical que traz irreverências.

Acompanhe a live pelo YouTube do Instituto Legus https://www.youtube.com/c/INSTITUTOLEGUS

 
 
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